Dólar opera em queda, em dia de 'Superquarta' e após Trump subir tom contra o Irã

  • 18/06/2025
(Foto: Reprodução)
Na terça-feira, a moeda norte-americana avançou 0,23%, cotada a R$ 5,4982. Já a bolsa de valores encerrou em queda de 0,30%, aos 138.840 pontos. Notas de dólar Karolina Grabowska O dólar opera em queda de 0,33% nesta quarta-feira (18), cotado a R$ 5,4800 às 9h06. No início da semana, a moeda americana fechou abaixo dos R$ 5,50 pela primeira vez em oito meses. O Ibovespa só começa a operar após as 10h. ▶️ O destaque da agenda econômica de hoje é a chamada "Superquarta". O termo se refere ao dia em que o Banco Central do Brasil (BC) e o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, anunciam suas decisões sobre as taxas de juros. Por aqui, grande parte do mercado espera que o BC interrompa o processo de alta da Selic, atualmente em 14,75%, o maior patamar em quase 20 anos. Nos EUA, a expectativa é que o Fed também mantenha as taxas, na faixa de 4,25% a 4,5%. (leia mais abaixo) ▶️ Além disso, os investidores seguem atentos à escalada do conflito entre Israel e Irã, principalmente após o presidente dos EUA, Donald Trump, subir o tom contra Teerã e ameaçar interferir no confronto. Na terça-feira, o mercado financeiro global reagiu com forte aversão ao risco à notícia de que Trump considera atacar instalações nucleares no Irã. Além disso, os preços do petróleo dispararam, em meio a preocupações com uma possível interrupção no fornecimento do produto. Entenda abaixo como esses fatores impactam o mercado. Petróleo chega a subir mais de 14% mas cotação perde força ao longo do pregão 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,80%; Acumulado do mês: -3,84%; Acumulado do ano: -11,03%. 📈Ibovespa Acumulado da semana: -0,58%; Acumulado da semana: +1,19% Acumulado do mês: +1,32%; Acumulado do ano: +15,43%. Israel X Irã Bomba dos EUA pode mudar rumo do conflito Irã-Israel O conflito entre Irã e Israel chega ao sexto dia nesta quarta-feira (18). Desde sexta (13), as trocas de ataques deixaram 248 mortos nos dois países, segundo autoridades locais. Agora, após a saída antecipada do presidente americano Donald Trump da reunião do G7 e exigência de "rendição incondicional", a expectativa é que os EUA tenham alguma ação no conflito. Em suas redes sociais, Trump alertou nesta terça-feira que a paciência dos EUA estava se esgotando. Embora tenha dito que não havia intenção de matar o líder do Irã "por enquanto", seus comentários sugeriram uma postura mais agressiva em relação ao Irã. “Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está se escondendo”, escreveu ele no Truth Social, referindo-se ao aiatolá Ali Khamenei. “Não vamos eliminá-lo (matar!), pelo menos por enquanto... Nossa paciência está se esgotando.” Três minutos depois, Trump postou: “Rendição incondicional!” Segundo o site de notícias norte-americano Axios Axios, membros do governo norte-americano relataram que o presidente está "considerando seriamente se juntar à guerra", lançando um ataque direto dos EUA contra instalações nucleares do Irã. Nesta quarta (18), o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou em pronunciamento na TV estatal que não irá se render e que qualquer ataque direto dos EUA ao país terá "consequências irreparáveis". Ele disse que "aqueles que conhecem a história do Irã sabem que os iranianos não respondem bem à linguagem da ameaça". O mercado financeiro global tem sido duramente impactado pelo possível agravamento do conflito no Oriente Médio. Nesta terça, a escalada das tensões derrubou as bolsas de Nova York e impulsionou a busca por ativos considerados seguros. Além disso, os preços do petróleo dispararam por causa da preocupação sobre a interrupção do fornecimento do produto. A commodity subiu mais de 3% — mesmo após o Irã ter afirmado que suas instalações permanecem intactas até o momento. Na semana passada, os preços do petróleo já haviam subido mais de 8%. A principal preocupação é se o conflito afetará o Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de um quinto do consumo global de petróleo. 'Superquarta' Hoje é uma "Superquarta", dia em que coincidem as decisões sobre as taxas de juros dos Estados Unidos e do Brasil. ▶️ BRASIL: Por aqui, a maior parte do mercado, segundo pesquisa conduzida pelo Banco Central na semana passada com mais de 130 instituições financeiras, acredita que o cenário já possibilita uma interrupção do ciclo de alta dos juros — que vigora desde setembro do ano passado. "O Copom deve encerrar o ciclo de aperto monetário em junho, mantendo a Selic em 14,75% ao ano, mas sinalizando estabilidade da taxa por um período prolongado", diz o Itaú, em comunicado. Entretanto, há bancos que projetam um novo aumento na taxa básica da economia para 15% ao ano. A taxa atual de 14,75% é a maior no Brasil em quase 20 anos. O BC tem dito que ela é necessária para desacelerar a economia brasileira e, assim, diminuir a inflação. 🔎 Juros mais altos desestimulam o consumo pois fica mais caro fazer empréstimos ou compras a prazo. Ao reduzir o consumo, a demanda por produtos diminui, o que ajuda a controlar a inflação, que ocorre quando a oferta não acompanha a demanda. ▶️ ESTADOS UNIDOS: Nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas, na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano. Os mercados ainda apostam em dois cortes até dezembro, com um primeiro movimento em setembro sendo visto como o mais provável. "O fundamental é quanta flexibilidade o Fed acredita ter. Ficamos positivamente surpresos por ainda não termos visto repasse inflacionário das tarifas", disse Ben Laidler, chefe de estratégia de ações do Bradesco BBI, à Reuters. Na semana passada, os investidores repercutiram o novo acordo tarifário entre EUA e China. Eles têm acompanhado de perto a situação preocupados com a possibilidade de uma guerra comercial caótica prejudicar os lucros corporativos. 🔎 O mercado entende que o aumento das tarifas sobre importações pode elevar os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo — o que pode levar à desaceleração da maior economia do mundo e até a uma recessão global.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/06/18/dolar-ibovespa.ghtml


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