Primeiro-ministro do Canadá promete retaliar se Trump seguir com ideia de aplicar tarifas de 25% sobre produtos canadenses
21/01/2025
Organizações internacionais e líderes de outros países reagiram às primeiras medidas de Donald Trump neste segundo mandato como presidente dos Estados Unidos. Líderes e organizações mundiais reagem às primeiras medidas de Donald Trump
Organizações internacionais e líderes de outros países reagiram às primeiras medidas de Donald Trump.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que tem uma parceria de mais sete décadas com os Estados Unidos e declarou esperar que o governo Trump reveja a decisão de tirar o país da OMS.
A presidente do México disse que é importante manter a cabeça fria. Sobre a questão migratória, Claudia Sheinbaum afirmou que o governo dela vai atuar de maneira humanitária. Ela também reagiu à decisão de Trump de rebatizar o Golfo do México como Golfo da América. Disse que para os mexicanos e para o resto do mundo, o Golfo do México ainda tem o mesmo nome.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, prometeu retaliar se Trump seguir com a ideia de aplicar tarifas de 25% sobre produtos do país.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia comentou a avalanche de decretos de Trump:
"O objetivo nunca muda, seja um democrata ou um republicano na Casa Branca. O objetivo é ser mais forte que o adversário", disse Sergey Lavrov.
Primeiro-ministro do Canadá promete retaliar se Trump seguir com a ideia de aplicar tarifas de 25% sobre produtos canadenses
Reprodução/TV Globo
As decisões mais importantes que Trump anunciou — e as possíveis consequências
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, disse esperar que a presidência de Trump fortaleça a direita na Europa. A premiê da Itália, Giorgia Meloni, declarou que quer ampliar a parceria com os americanos.
O começo do segundo mandato de Donald Trump, claro, também repercutiu no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O evento reúne quase 3 mil participantes de mais de 130 países. Nos debates e discursos, o dia foi marcado por expectativas e preocupações.
O presidente da Ucrânia destacou que o mundo está de olho em Washington e que os ucranianos precisam de uma Europa unida. Depois, Volodymyr Zelensky conversou com um pequeno grupo de jornalistas e contou que a equipe dele está tentando marcar um encontro com Trump, que já prometeu acabar com a guerra.
A reportagem perguntou sobre o plano de paz elaborado pelo Brasil e pela China. Volodymyr Zelensky afirmou que “o trem do Brasil passou”, que o presidente Lula perdeu o papel para mediar o conflito com a Rússia. E que isso não vai mudar agora com Trump.
A China defendeu a importância do multilateralismo, do combate às mudanças climáticas e do livre comércio.
"Protecionismo não leva a nada e não há vencedores em uma guerra comercial", afirmou o vice-primeiro-ministro Ding Xuexiang.
O primeiro-ministro da Alemanha disse que o mundo não precisa entrar em debates existenciais a cada declaração que for feita em Washington. Olaf Scholz afirmou:
“O isolamento tem um preço”.
A presidente da Comissão Europeia disse que o bloco está pronto para negociar com os Estados Unidos de forma pragmática, mas mantendo os seus princípios. Ursula von der Leyen também defendeu o Acordo do Clima de Paris:
"Continua sendo a melhor esperança para a humanidade", afirmou.
Também em Davos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, avaliou que, com Trump focado em combustíveis fósseis, o Brasil ganha oportunidades para investimentos em energia verde:
"O Brasil é solo fértil para receber esses investimentos. Nesse momento especial, onde nos Estados Unidos se apregoa o negacionismo ambiental, nós estamos demonstrando as nossas potencialidades como o país da sustentabilidade”.
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